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Governança Corporativa: Construindo Futuros

  • Foto do escritor: Renato Santos
    Renato Santos
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Na última quinta-feira, iniciei a Formação de Conselheiros do Board Academy Br. Logo na primeira aula sobre os fundamentos da governança corporativa apresentados de forma brilhante por Catarina Pohl , fui surpreendido por uma sensação de familiaridade. Percebi ali muitos dos elementos que venho cultivando ao longo dos últimos 11 anos, desde que fiz minha transição de carreira para empreender e atuar como consultor em Desenvolvimento Humano e Organizacional.


Sou cofundador da Eight – Diálogos que Transformam, uma rede de facilitadores onde atuo predominantemente com desenvolvimento de líderes e times, mentoria e coaching para executivos.


Nesse tempo, construí repertórios a partir de diversas fontes que trazem uma abordagem humana, sistêmica e sustentável para o desenvolvimento das organizações. São perspectivas que buscam ampliar possibilidades para o indivíduo, os grupos, a empresa e o ecossistema ao seu redor.


Uma abordagem integral para desenvolver líderes que se ancora em três principais pilares conceituais:


  • A Teoria U, como metodologia de transformação,

  • A Antroposofia, com seu olhar integral sobre o ser humano e as organizações.

  • E a Abordagem Centrada ne Pessoa de Carl Rogers


Com isso, estruturamos jornadas de desenvolvimento em quatro níveis que conectam o indivíduo à organização e ao mundo:


  • Eu com o mundo: estimulamos a consciência sobre tendências e mudanças globais num mundo BANI (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível), promovendo uma visão sistêmica e o entendimento de como o ecossistema impacta e é impactado pela organização.

  • Eu com a organização: conectamos propósito, visão de futuro e objetivos estratégicos, refletindo também sobre a cultura organizacional.

  • Eu com o outro: a partir desses alinhamentos, trabalhamos o funcionamento do time, fortalecendo relações baseadas em confiança, inclusão, escuta e responsabilização.

  • Eu comigo: o indivíduo reflete sobre o que precisa deixar para ir (abrir mão) para deixar vir o novo e define o que precisa desenvolver para alcançar a visão de futuro. Aqui, nasce o compromisso pessoal com a transformação.


Essa estrutura permite alinhar o desenvolvimento humano e organizacional à estratégia de negócio, criando uma narrativa coerente, inspiradora e aplicável. O desenvolvimento passa a ter sentido não apenas como ferramenta, mas como alavanca real de cultura e resultado.


O elo com a Governança Corporativa


Ao estudar os princípios da governança corporativa, percebi o quanto essa abordagem de desenvolvimento dialoga com os pilares que sustentam a boa gestão nas organizações:


  • Integridade: agir com ética, inclusive quando ninguém está olhando.

  • Transparência: compartilhar informações claras, consistente

  • Equidade: tratar todos os stakeholders com justiça, independentemente da posição ou interesse.

  • Accountability: assumir as consequências das decisões com responsabilidade.

  • Sustentabilidade: garantir que a gestão de hoje não comprometa o futuro da organização.


Esses princípios não são apenas orientações para conselhos e gestores. Eles são valores que precisam estar vivos também no cotidiano das lideranças — desde a forma como tomam decisões até como inspiram seus times.


Onde tudo se conecta?


Perceber essas convergências entre desenvolvimento organizacional e governança foi como encontrar um ponto de virada. É como se minhas experiências até aqui me preparassem exatamente para este momento. A formação em conselhos não representa um novo caminho, mas uma evolução natural da minha trajetória.


Acredito profundamente que a governança do futuro será construída não apenas por estruturas e controles, mas por pessoas conscientes, líderes preparados e culturas intencionais. Desenvolver lideranças alinhadas à ética, ao propósito e à sustentabilidade é, sem dúvida, um dos maiores investimentos que uma organização pode fazer.


E é nesse espaço — entre estratégia e humanidade — que quero continuar atuando.


Renato Santos

Leadership Development C-Level, Organizacional Strategy and Culture


Artigo publicado originalmente no Linkedin

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