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Foto do escritorKarina Colpaert

Chegou a hora de pilotar!

Atualizado: 3 de abr.

“Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo: é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira e pura…enquanto durar.”

Cora Coralina

Tudo começou com uma intenção genuína de ajudar pessoas. Trabalho com grandes e importantes organizações e ao longo dessa experiência pude perceber o quanto tocamos, de forma positiva as pessoas. Com a chegada da pandemia, fiquei inquieta, precisava fazer algo pelas pessoas. Se por um lado tinha um impulso de ajudar as pessoas por outro tinha um medo enorme de parecer oportunista.

Comecei pequena, chamei meu parceiro e amigo Roberto Rotenberg e começamos discretamente e quase que em sigilo a facilitar rodas de diálogos, utilizando o método Action Learning (AL). O primeiro grupo foi de pessoas com quem trabalhei na SCJohnson (ex colegas de trabalho, mas sempre atuais amigos) e logo neste encontro percebi o quão potente é a força do coletivo e colaboração em meio à crise.

Ansiedade, insegurança, falta de previsibilidade e inércia diante de tantas informações eram alguns dos sentimentos que surgiram. Já os problemas eram preocupação financeira, liderar equipe engajada em meio à crise, necessidade de redução de pessoas, revisão do Negócio, excesso de trabalho e dificuldade de tomada de decisão. Trazer para um diálogo o problema e as emoções fizeram dele um território de autenticidade e empatia. É incrível acompanhar, a olhos vivos e ouvidos presentes, que a verdade dita do lugar da vulnerabilidade, fortalece e cria conexão. “Primeiro conexão e depois solução”, como diz a mestra em Comunicação Não Violenta Débora Gaudencio.

Voltando aos acontecimentos, eu e Roberto rodamos mais dois ou três grupos, quando Magali Lopes e Fernanda Abrantes incomodadas com o amadorismo do processo, resolveram entrar na iniciativa. Digo sem vergonha; amadorismo, porque a iniciativa começou pelo amor, sim amorosidade de fazer bem o bem. Maga e Fer complementaram com suas fortalezas de organização, criando processos de inscrição e divulgação estruturados. E todos da Eight se juntaram, seja facilitando o método ou observando e apoiando.

O que começou timidamente com duas pessoas, cresceu para onze pessoas e chegamos a ofertar 12 sessões de AL. Sucesso foi tamanho que outros facilitadores do método se interessaram em participar da iniciativa. E você que está lendo isso, pode pensar: concorrentes? Sim, chamamos os concorrentes de parceiros, porque acreditamos que juntos somos mais fortes. E quando a causa é maior não cabe concorrência. Escalonamos a inciativa para 30 turmas e no total foram 16 coaches de AL e cerca de 200 pessoas se beneficiaram com essa iniciativa!!!

Dia 10 de abril rodei a última sessão de AL desta iniciativa, não estava na minha programação, mas o destino me convidou a liderá-la. E não poderia ter sido mais especial. Sem entrar no detalhe do conteúdo, pois ele é confidencial, mas o problema se solucionou com a força do grupo. Uma mulher que sonha em ser a 1a pilota negra terminou sendo apoiada por uma outra mulher, conselheira das maiores empresas no Brasil. E eu, mais uma mulher facilitando esse processo e fazendo com que todos os presentes oferecessem o seu melhor. Todos do grupo têm sua contribuição e importância!

Era sexta-feira santa, acredito que isso tenha sido um sinal, mas não um final. Mate, faça morrer todos os seus medos e insegurança para que no domingo de Páscoa você deixe renascer o seu melhor.

Essa iniciativa começou com o medo de parecer oportunista, tive que matá-lo para oferecer o meu melhor e foi somando com o melhor de cada um que participou: cada Eighter, cada coach parceiro e cada participante. Encerrei a manhã com a certeza que precisamos enfrentar uma nova fase da VIDA de todos com CORAGEM, onde COR significa CORAÇÃO e agem AÇÃO.

Convido todos vocês a se conectarem com o coração de vocês e agir com amorosidade, porque isso pode mudar o mundo! Precisamos de mais amor, esse é o nosso remédio para a pandemia! Vamos todos pilotar!

Karina Colpaert inspirada em Cora Coralina, não sabe se a vida é curta ou longa demais, mas que seja intensa, verdadeira e pura. Acredita na inteligência coletiva e que as atitudes colaborativas, além de gerar conexão e empatia, levam a soluções criativas e contribuem para desenvolvimento humano.

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