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  • Foto do escritorCristiane

Gift of Coaching

Atualizado: 8 de abr.


Escrevo esse texto a convite da Christine, amiga e parceira querida que me incentivou a falar sobre fazer o bem.


Antes de contar a minha experiência com o Gift of Coaching, eu quero contar como cheguei até ele.


Há um bom tempo, vinha conversando com várias pessoas sobre a necessidade de me engajar em atividades sociais forma voluntária. Sentia que faltava essa dedicação dentro de mim, mas não sabia como começar. E assim o tempo foi passando, vários empecilhos eu coloquei no caminho, em qual causa atuar, quanto tempo de dedicação, de que forma eu poderia ser útil, como faria para conciliar o trabalho, minha família e o trabalho voluntário.


Até que um dia eu recebi um empurrão de uma amiga que atua com obras sociais desde sempre, já que a sua mãe é cofundadora de uma ONG, a Associação Acalanto* que, após 30 anos de sua fundação, precisava se profissionalizar para atender a algumas demandas de órgãos públicos e entidades doadoras.

E assim tudo começou, eu com a minha vivência organizacional, que não entendia absolutamente nada sobre a causa e com muita boa vontade, passei a fazer parte do grupo de voluntários da ONG. Ah, vale ressaltar que fui recebida da forma tão acolhedora que pude perceber todo o sentido do propósito comum, cada um com a sua força e disponibilidade me encorajou a encarar o desafio.


Conectar a necessidade da instituição com o que eu atuava no trabalho foi minha primeira contribuição. Conhecia o programa de coaching voluntário, o Gift of Coaching, organizado pela ICF SP (International Coaching Federation, Regional São Paulo), que oferece processos de coaching, individual ou de equipes instituições sem fins lucrativos. Dado que estávamos em um processo de profissionalização, criar uma agenda comum de trabalho focado para atingir nossos objetivos era uma prioridade.


Explicitado nosso desejo em participar do Gift of Coaching, passamos por um processo seletivo junto a um representante do Comitê do Gift of Coaching, Rogerio Monteiro (um coach parceiro de longa data): tivemos conversas para explicar o propósito e a estratégia da ONG, apresentar os membros Conselho e as nossas necessidades, além de entrevistas individuais com a presidente da ONG, que apesar de ter atuação ativa nas atividades desenvolvidas pela Acalanto, acabara de receber o cargo em um processo de renovação da gestão. Nossa ideia inicial era que cada participante passasse pelo processo de coaching individual a fim de buscar seu próprio desenvolvimento em prol das suas funções dentro da ONG, mas logo na primeira conversa contamos com o olhar cuidadoso do Rogerio, que com a sua visão sobre o programa e também sobre organizações, nos orientou a fazer um processo de Coaching de Time.


Adicionalmente ao trabalho com o time, foi oferecido um processo de Coaching Individual para a Jerusa, presidente da ONG, para apoiá-la no desenvolvimento da nova função. Para nossa sorte, contamos com a Simone Dunker e Leonardo Chebar para a condução das sessões com o time, que nos apresentaram ferramentas de gestão, organização e planejamento, como Mind Map, 5H2W, Análise SWOT, entre outros exercícios que fizemos em grupo em encontros adicionais às sessões com os coaches.


Importante ressaltar que eu como coach e facilitadora estou acostumada a conduzir, mesmo assim me surpreendi ao final de cada encontro: a começar pela ansiedade por resultados de um trabalho que eu havia indicado, que logo foi suprida por todos os aprendizados que o grupo absorveu e passou a aplicar no dia a dia da Acalanto; a confiança de pessoas com diversas formações que nunca haviam passado por atividade semelhante; a paciência, parceria e didática dos coaches que souberam conduzir os encontros de forma impulsionadora e acolhedora, e principalmente a capacidade de realização que o grupo adquiriu após o término do processo.


Como fruto desse trabalho, um novo programa destinado a adolescentes que vivem em instituições de acolhimento foi lançado com sucesso, a operacionalização de um plano de captação de recursos (financeiros, materiais e humanos) está em andamento, a aproximação do relacionamento com os voluntários prejudicada pela pandemia foi retomada, dentre outras atividades e comportamentos do grupo, como foco e produtividade das nossas reuniões.


Quando canalizamos a energia para o bem comum, visando o próximo, acabamos recebendo também ajuda voluntária, como se o universo retribuísse o bem com o bem. E isso só fez reforçar ainda mais a minha necessidade de contribuir para uma causa. Quem sabe você não descobre a sua simplesmente começando a atuar?


Além do agradecimento à equipe ICF SP responsável pelo programa e aos coaches que conduziram o nosso processo, quero agradecer a cada uma das voluntárias presentes na equipe, Jerusa, Priscila, Maggie, Nice, Mari, Patricia e Conceição, que me ensinam sobre o universo dos direitos da criança e do adolescente, além do universo que os nossos corações podem conquistar.


*Associação Acalanto, https://associacaoacalanto.org.br/ ONG que trabalha com o interesse da criança e do adolescente, garantindo seu direito de convívio em um ambiente saudável.


Cristiane Vicchiato é Coach e facilitadora pela Eight e conselheira voluntária da ONG Associação Acalanto. Acredita na força do vínculo para o desenvolvimento das relações.


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