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A Comunicação Corporativa como Pilar Estratégico do Conselho

  • Foto do escritor: Renato Santos
    Renato Santos
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Em muitas organizações, a comunicação interna ainda é vista como uma função operacional, relegada ao segundo plano. No entanto, os dados são claros: 74% dos funcionários dizem não ter informações suficientes sobre sua empresa e 72% não conhecem a estratégia da organização em detalhes. Isso não é apenas um problema de engajamento — é um risco estratégico.


Sala de reunião: comunicação corporativa e conselho de empresas

Como conselheiro, é fundamental reconhecer que a comunicação não é suporte, é estrutura. Ela sustenta a reputação, fortalece a cultura, protege a marca e é decisiva na gestão de crises. Ignorá-la é abrir mão de um dos principais ativos intangíveis de uma empresa.


No Programa de Formação de Conselheiros do PFCC, conduzido por Daniel Medina, um ponto chamou atenção: a comunicação deve ser acompanhada pelo Conselho com a mesma seriedade dedicada à estratégia, finanças e riscos.


Isso inclui perguntas cruciais:


  • A empresa tem um plano de comunicação bem definido e conhecido por líderes e conselheiros?

  • Existe um plano de crise ensaiado e realista?

  • Quem são os porta-vozes autorizados?

  • A reputação está sendo monitorada e gerida proativamente?


Mais que transmitir mensagens, a comunicação corporativa hoje precisa ser intencional, estratégica e orquestrada. Com base na matriz MCA (Mensagens, Canais, Alvos), a comunicação deve traduzir propósito e valores em narrativas consistentes, capazes de engajar stakeholders internos e externos.


Além disso, a reputação corporativa pode representar de 35% a 65% do valor de mercado de uma empresa. Gerenciar esse ativo é papel do Conselho. Afinal, quando há uma falha grave — como no estudo de caso da TechGlobal, apresentado no curso — não é só a comunicação que falha, é a governança.


Nos trabalhos de estratégia e cultura que tenho realizado em várias organizações, um dos pilares fundamentais é a comunicação, especialmente a comunicação interna. Criar narrativas claras sobre o desdobramento da estratégia e a cultura como suporte ao alcance dos objetivos estratégicos, uniformizado e orientando os líderes nesse desdobramento é fundamental.


Componentes importantes dessa comunicação corporativa:


  • Propósito – razão de existir da organização, orientação à impacto


  • Visão – o que a organização quer alcançar nos próximos 5 anos


  • Imperativos de negócio – o que é mandatório realizar nos próximos anos para atingir a visão


  • Valores – norteadores da tomada de decisão

    Comportamentos desejados da cultura que alavancam o atingimento dos imperativos de negócio e a visão


  • Crenças – o que precisamos acreditar para ser possível a mudança ou evolução dos comportamentos desejados.

    Narrativas claras ajudam o empregado a entender o porquê das mudanças organizacionais e a aumentar o seu nível de engajamento na organização.


Se queremos organizações mais transparentes, conectadas e sustentáveis, precisamos começar por onde tudo se constrói: a comunicação entre pessoas. É importante que o conselheiro entenda que esses são pilares fundamentais da comunicação para orientar a organização nesse caminho.


Renato Santos

Cofundador da Eight, Facilitador de Diálogos, Especialista em Desenvolvimento de Lideranças C-Level, Estratégia Organizacional e Cultura.


Artigo publicado originalmente no Linkedin

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