Da sala de coaching para a mesa do conselho: aprendizados que fortalecem a governança
- Renato Santos
- há 2 dias
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Atualizado: há 1 dia
Com base na minha longa experiência em processos de coaching e mentoria para líderes — incluindo C-Level — uma reflexão me atravessou com força essa semana, durante a formação de conselheiros do Board Academy Br.
Na aula sobre Papéis e Responsabilidades do Conselho, ministrada pela Sara Velloso Velloso, ficou evidente para mim o quanto os desafios enfrentados por conselheiros exigem, além de conhecimento técnico e estratégico, o domínio de habilidades comportamentais — muito similares as que venho desenvolvendo e aplicando ao longo da minha trajetória como coach e mentor de executivos e facilitador de dialogo e conexão com times.
Foi aí uma que a pergunta surgiu:
O que os conselheiros consultivos podem aprender com as habilidades fundamentais do coaching e da mentoria?
A seguir, compartilho algumas conexões que considero potentes — entre as competências da ICF (International Coaching Federation) e os comportamentos esperados de um conselheiro que atua com presença, consciência e impacto:
1. Demonstrar ética na prática: Manter padrões de integridade, confidencialidade e profissionalismo
2. Co-criação da Relação com o Cliente:
Estabelecer e manter acordos — Definir com clareza os objetivos do processo, papéis, responsabilidades e resultados esperados, desde o início e ao longo da jornada.
Cultivar confiança e segurança — Criar um ambiente de respeito, empatia e aceitação, promovendo segurança psicológica para que o cliente possa explorar livremente seus desafios.
3. Comunicação Eficaz
Manter presença — Estar totalmente presente, atento e flexível durante a conversa, adaptando-se às necessidades do cliente no momento, com foco e atenção plena.
Escutar ativamente — Vai além das palavras para perceber significados, emoções, valores e padrões, escutando de forma profunda, empática e estratégica.
Evocar consciência — Usa perguntas poderosas, reflexões e desafios construtivos para estimular novos insights, expandir o pensamento e gerar clareza no cliente.
4. Cultivar Aprendizado e Crescimento
Facilitar o crescimento do cliente — Ajuda o cliente a transformar insights em ações concretas e sustentáveis, com foco em autonomia, responsabilidade e evolução contínua.
A governança que transforma não se faz apenas com técnica e frameworks. Se faz com escuta, presença e conversas de qualidade.
E você? Já refletiu sobre as competências comportamentais que sustentam uma boa governança?
Renato Santos
Cofundador da Eight, Facilitador de Diálogos, Especialista em Desenvolvimento de Lideranças C-Level, Estratégia Organizacional e Cultura.
Artigo publicado originalmente no Linkedin
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