Vivemos numa época de transição, onde o velho e o novo convivem no mesmo espaço e tempo, gerando uma grande polaridade em diversas áreas: política, social, econômica, religiosa, ambiental, individual e etc.
Apesar de tanta tecnologia, métodos e porque não dizer, mais consciência, estamos gerando resultados absolutamente desastrosos de um modo geral no mundo.
Falamos muito sobre os novos modelos de negócios, sobre a nova economia, mas estamos caminhando com passos muito pequenos em direção a uma transformação mais abrangente.
Para acelerar a mudança, precisamos tocar mais indivíduos, pois a transformação começa no ser e aos poucos toma um impulso maior nos grupos, organizações e sociedade. Precisamos de uma mudança de grandes proporções!
Nós como Coaches, aparentemente temos uma contribuição muito pequena nessa transformação. Será mesmo?
A transformação começa no SER. Em nosso papel como Coaches ajudamos o indivíduo a trazer a tona o seu potencial mais nobre e a sua conexão com o todo de forma mais consciente e portanto, mais amorosa. Dessa forma, nós influenciamos diretamente o processo de construção das pontes entre a situação atual e um melhor futuro, indivíduo a indivíduo.
Por isso, como Coaches, precisamos entender o contexto em que vivemos, estar alinhados com esse novo que já é presente e efetivamente praticá-lo em nossas próprias vidas. Temos um papel fundamental como agentes de transformação na transição da mentalidade da escassez/acúmulo para o compartilhamento que gera a prosperidade, da competição para colaboração, do consumismo para o consumo consciente, da exploração da Natureza para o respeito à Natureza e da fragmentação para a integridade do ser.
É nesse aspecto que a Teoria U (tecnologia social criada por Otto Scharmer no MIT, Massachusetts Institute of Technology), associada aos métodos de coaching tradicionais, oferece um framework muito consistente para a construção de melhores futuros, através da ampliação de visão e consciência.
Assim como nós nos preparamos para atingir um estado de presença diferenciado em nossas sessões, precisamos também, preparar nossos clientes para fazer o mesmo em suas jornadas. É esse o ‘molho’ que a teoria U coloca a serviço de nossos processos de coaching, pois:
Explora a intenção de forma profunda (mente aberta);
Prepara o coachee para ida ao campo para uma exploração contemplativa da realidade (coração aberto);
Traz os sentimentos que estão velados e as vozes do campo para ampliação de consciência (coração aberto); e
Quando a visão do novo ou insight emerge (na conexão do sentir com o querer), propõe o teste da nova realidade através de pequenos protótipos, antes da sua implementação (vontade aberta).
Dessa forma, conectamos nosso cliente com o contexto mais abrangente e facilitamos a geração de ações mais conscientes no mundo. Em última instância, consciência é amor e todos os métodos que nos ajudam na ampliação de consciência neste momento, são imprescindíveis.
Renato Santos tem 28 anos de experiência em Consultoria de Serviços. Atuou como Sócio na PWC e IBM, desenvolvendo pessoas, liderando práticas, segmentos de negócio, clientes e projetos em âmbito regional e global. Co-fundador da Highline, empresa que atua na área de desenvolvimento humano e organizacional e da Eight∞ Diálogos Transformadores, rede colaborativa de coaches. Ama trabalhar com pessoas e desenvolver ambientes que permitam o diálogo aberto e o espaço criativo. É carioca e atua no Rio de Janeiro e em São Paulo.